quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Feministas pedem ao MPF direito de resposta no caso BBB
A Rede Mulher e Mídia e outras organizações feministas de todo o país vão protocolar, nesta quinta (19), uma representação ao Ministério Público Federal em São Paulo, pedindo a investigação da responsabilidade da Globo no caso do suposto estupro que teria acontecido no Big Brother Brasil na madrugada do dia 15. Elas solicitam à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão que junte ao procedimento já instalado pelo órgão sobre o caso a análise de outros aspectos ainda não considerados. Também solicitam ao MPF um direito de resposta coletivo em nome de todas as mulheres que “tiveram seus direitos violados por este comportamento da Rede Globo”. Segue o conteúdo da nota:
“As organizações entendem que, além do aspecto da estigmação das mulheres, que já está sendo apurado pelo MPF, é preciso investigar a responsabilidade da emissora pela ocultação de um fato que pode constituir crime; por prejudicar as investigações da polícia; por ocultar da vítima todas as informações sobre o que tinha acontecido quando ela estava desacordada e por enviar ao país uma mensagem de permissividade diante da suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável.
Na representação, as entidades signatárias relacionam uma série de ações da emissora e da direção do BBB que teriam resultado nesses questionamentos. Entre elas, a edição da cena feita no programa de domingo e as declarações do direito geral Boninho e do apresentador Pedro Bial, que transformou uma suspeita de violência sexual em “caso de amor”.
“Tal postura da emissora não apenas viola a dignidade da participante como banaliza o tratamento de uma questão séria como a violência sexual, agredindo e ofendendo todas as mulheres”, diz um trecho da representação.
O documento também destaca que, pelo áudio da conversa da participante Monique com alguém da produção do programa, vazado na internet no dia 16, fica claro que ela, até aquele momento, não tinha assistido às cenas da madrugada do dia 15. E lembra que, somente no dia 17 de janeiro – portanto, mais de 48 horas depois do ocorrido – os envolvidos foram ouvidos pela polícia e possíveis provas do crime foram recolhidas. A emissora, assim, teria violado o direito da participante saber o que tinha se passado com ela enquanto estava desacordada e prejudicado as investigações da polícia.
Por fim, as organizações do movimento feminista solicitam um direito de resposta coletivo em nome de todas as mulheres que se sentiram ofendidas, agredidas e que tiveram seus direitos violados por este comportamento da Rede Globo.
Além da Rede Mulher e Mídia, estão entre as signatárias da representação a Marcha Mundial das Mulheres, Articulação de Mulheres Brasileiras, Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras, Liga Brasileira de Lésbicas, Blogueiras Feministas e Campanha pela Ética na TV, entre diversas outras organizações de mulheres de atuação estadual e local e entidades do movimento pela democratização da comunicação.”
Sobre direitos de resposta na TV
Já comentei antes neste blog, mas vale sempre lembrar. Um exemplo bem sucedido de mobilização social foi o caso da retirada do programa “Tardes Quentes”, do apresentador João Kleber, da Rede TV!
Em 2005, a Justiça Federal concedeu uma liminar a uma ação civil do Ministério Público Federal de São Paulo e de seis organizações da sociedade civil contra a emissora por conta das seguidas violações aos direitos humanos, em especial dos homossexuais, no programa.
Conforme relata o site da ONG Intervozes, uma das responsáveis pela ação: “a liminar suspendia imediatamente o programa e determinava a exibição de outro, em seu lugar, em caráter de contra-propaganda. A emissora não cumpriu a liminar, por isso, no dia 14 de novembro de 2005, pela primeira vez na história, uma emissora de TV comercial teve seu sinal retirado do ar por decisão da Justiça”.
Para resolver o impasse, a Rede TV! propôs um acordo com as entidades e o MPF, levando à produção (pela sociedade civil) e à exibição da série “Direitos de Resposta“, que discutiu os direitos humanos no país, sendo considerado o primeiro “direito de resposta coletivo” concedido e realizado no Brasil. Foram 30 programas que substituíram durante um mês o “Tardes Quentes” entre 12 de dezembro de 2005 e 13 de janeiro de 2006, das 17h às 18h.
Fonte: uol.com.br
sábado, 14 de janeiro de 2012
Os pousos mais assustadores já registrados
Havia uma tempestade sobre o aeroporto de Düsseldorf que dificultava qualquer pouso ali realizado. Para se ter uma idéia da velocidade do vento, o avião que deveria ocupar quase toda a pista para pousar, não utilizava nem 20% de seu comprimento total.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
O Chefe. Livro que conta a corrupção de todo o governo Lula
'O governo Lula é o mais corrupto de nossa história'
Qual a justificativa para o presidente da República nomear como ministro e integrante de seu primeiro escalão de auxiliares o homem que publicara, num dos jornais mais importantes do País, que ele, o presidente, era o chefe do governo "mais corrupto de nossa história"?
Pois Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, nomeou o filósofo Roberto Mangabeira Unger no primeiro semestre de seu segundo mandato, em 2007, ministro da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, especialmente constituída para abrigá-lo. E não adiantou nem o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) inviabilizá-la tempos depois, durante uma rebelião para obter mais cargos no governo e proteção para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o então presidente do Senado, acusado de corrupção. Apesar de o PMDB derrotar a Medida Provisória que criara o posto para Roberto Mangabeira Unger, Lula deu um jeito na situação, nomeando-o novamente, desta vez como ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos. A posição do detrator estava garantida.
"Pôr fim ao governo Lula" é o título do artigo de Roberto Mangabeira Unger publicado na Folha de S.Paulo em 15 de novembro de 2005, no sugestivo dia da Proclamação da República. O ano de 2005 havia sido marcado pela eclosão do escândalo do mensalão. Este é o parágrafo de abertura do artigo:
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos."
O que poderia ter levado o presidente da República a nomear como ministro o autor dessas acusações? E Roberto Mangabeira Unger não estava brincado, a julgar pela defesa que fez do impeachment de Lula. Ao denunciar "a gravidade dos crimes de responsabilidade" supostamente cometidos pelo presidente, o então futuro ministro afirmou em seu artigo que Lula "comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos".
Alguém poderia argumentar que a nomeação de Roberto Mangabeira Unger seria um mal necessário. Coisa da política. E tentar explicá-la pela importância do filósofo, um professor da prestigiada Universidade de Harvard, das mais importantes dos Estados Unidos, por quase 40 anos. O Brasil, portanto, não poderia prescindir da experiência e do prestígio de Roberto Mangabeira Unger, que teria muito a contribuir com o País.
Será mesmo? A cerimônia de posse do filósofo não demonstrou isso. Poucos ministros, cadeiras vazias, menos de uma hora de solenidade. E mesmo antes da criticada viagem de Roberto Mangabeira Unger à Amazônia, em 2008, na qual defendeu o desvio de águas da região para abastecer o Nordeste, sem considerar que centenas de milhares de amazonenses ainda não dispunham de água encanada, o ministro já era considerado, em âmbito do governo, "café-com-leite". Ou seja, não lhe era atribuída importância, nem de seu trabalho haveria algo para se aproveitar.
Outro trecho do artigo de Roberto Mangabeira Unger: "Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas. Imiscuiu-se e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem, em disputas e negócios privados".
Talvez, então, a razão para a nomeação de Roberto Mangabeira Unger tenha sido de ordem político-partidária. Ou seja, o filósofo traria para o governo a base social representada por seu partido, ampliando o número de legendas que davam sustentação à administração Lula no Congresso. Como vimos, no entanto, Roberto Mangabeira Unger passou a maior parte da vida nos Estados Unidos, o que o forte sotaque não deixava desmentir. Não possuía qualquer base social, nem traria consigo qualquer força orgânica da sociedade.
Quanto a seu partido, o minúsculo PRB (Partido Republicano Brasileiro) tinha menos de 8 mil filiados quando Roberto Mangabeira Unger se tornou ministro e era um dos menores partidos políticos do País. Não agregava praticamente nada à base aliada de Lula. Por apoio político-partidário não faria sentido nomear Roberto Mangabeira Unger. Afinal, o PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, possuía apenas três deputados federais, um senador e o vice-presidente da República, José Alencar (MG), que saíra do PL (Partido Liberal) em decorrência do escândalo do mensalão e foi o grande incentivador da nomeação do filósofo.
Em outro trecho do famoso artigo, Roberto Mangabeira Unger afirmou que "Lula fraudou a vontade dos brasileiros", ameaçava a democracia "com o veneno do cinismo" e tinha um projeto de governo que "impôs mediocridade". E mais: "Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou".
Para fazer a vontade de seu vice José Alencar, um homem leal e doente, Lula só precisaria ter dito que gostaria muito de nomear alguém indicado por ele, mas não poderia ser o homem que o acusara de chefiar o governo mais corrupto da história. Poderia ser qualquer um, menos aquele que conclamara o Congresso a derrubá-lo da Presidência da República, por corrupção. Por que Lula nomeou Roberto Mangabeira Unger, autor de acusação tão séria? Nas páginas deste livro, o leitor será convidado a encontrar a resposta.
Para continuar lendo todo o livro, acesse http://www.escandalodomensalao.com.br/indice.php. O download do livro é gratuito e está em pdf.
Fonte: http://www.escandalodomensalao.com.br/
Fonte: http://www.escandalodomensalao.com.br/
domingo, 8 de janeiro de 2012
Copa São Paulo 2012
Se for depender de revelação na Copa São Paulo para que a seleção brasileira traga a Copa de 2014, a situação está bastante difícil. Boa parte dos jogos são fracos. Os jogadores do sul/sudeste são previsíveis e há bastante canelas de pau. Em relação aos times do norte/nordeste, a falta de estrutura impede que os clubes destas bandas façam uma melhor campanha. Muitos clubes do alto do mapa do Brasil viajam de ônibus. O resultado é que nos primeiros jogos haja goleadas que podem chegar até 10 gols como ocorreu com a equipe do estado do Tocantins. Na segunda rodada em diante, as goleadas diminuem porque o cansaço da viagem é menor. Mas a falta de estrutura é quem manda.. Mesmo assim é possível ver alguns times do norte/nordeste jogando muito bem, levando em conta as suas limitações, como o Sergipe, que empatou contra o São Paulo e o Clube do Remo, que perdeu injustamente na tarde deste domingo para o Vasco da Gama, que possui um elenco extremante ruim. No geral, há algo de errado com as categorias de base, pois não são vistos bons jogadores serem revelados. Para não ser radical, vou citar um garoto que pode ainda melhorar muito. Trata-se do jogador de meio campo de nome Leleu do Atlético Mineiro. Outro que pode ser lembrado é o jogador Vítor Mineiro da Desportiva capixaba. Pelo menos dos jogos que eu assisti.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Time pé no chão para o Cearense
Nos cálculos da diretoria do Fortaleza, desde que o time fez seu último jogo com receita, pelo Campeonato Cearense, já está perto de sete meses sem arrecadação nessa competição. No próximo dia 22, o time jogará no PV pelo Cearense e nesse período todo, o clube ficou sem receita. Mas, com um jogo de cintura, a ajuda de abnegados e de alguns patrocinadores, o time foi montado com pé no chão.
No milagre da multiplicação das ajudas de conselheiros abnegados, o técnico Nedo Xavier já está com 26 jogadores no elenco, realizando a pré-temporada em Beberibe. Mas, nada disso caiu do céu. O esforço da diretoria tem sido grande para manter todos os compromissos em dia, segundo informa o diretor financeiro do clube, Stélio Mendonça. "A situação do Fortaleza não diverge muito de outros clubes que encerraram suas participações na primeira fase da Série C. Muitos conselheiros reconheceram o momento difícil porque passa o clube e resolveram ajudar, antecipando valores", complementou Stélio Mendonça.
Segundo o dirigente, a pré-temporada do Fortaleza custará para o clube em torno de R$ 30 mil. "Não poderíamos fugir dessa verba porque o treinador pede e é importante para o grupo. São 13 dias em que os jogadores ficam concentrados, procurando se conhecer melhor", disse.
Folha
Segundo ainda o diretor financeiro, a folha de pagamentos do time profissional oscila em torno de R$ 250 a R$ 280 mil. Não é a mesma despesa do custo/mês do Leão, que é de R$550 mil, com os impostos e os atrasados. "Só em 2011, pagamos R$ 1 milhão de dívidas trabalhistas e continuamos honrando tudo", prosseguiu o diretor financeiro. Para regularizar as 14 contratações feitas, o Tricolor terá que desembolsar R$ 20 mil.
Amistoso
Como parte da preparação do time para a estreia no Estadual, o Fortaleza realiza amistoso às 15h30 de hoje no Estádio Olavo Facó, em Beberibe, contra a seleção do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Ceará.
O time que o técnico Nedo Xavier vai lançar deve ser o que mais se aproxima daquele que vai estrear contra o Crato, dia 19, pelo Campeonato Cearense, ou seja: Lopes; Rafinha, Ciro Sena, Cléber Carioca e Kauê; Leandro, Rogério, Marielson e Marquinho (Bismarck); Vavá e Cléo. O meia Marquinho passa a ser uma dúvida, pois sofreu uma pancada no tornozelo esquerdo, no coletivo de ontem à tarde.
Copinha
Pela Copa São Paulo, o Leãozinho jogará às 16 horas de hoje no Estádio José Pereira, contra o Paulista, o líder do Grupo H, que tem três pontos. O time orientado por Jorge Veras vem de um empate na estreia.
Fonte texto e imagem - Diário do Nordeste
Comentário: aquele deputado evangélico riverino voltou a falar ontem a uma rádio local. Com aquela mesma empolgação repassada aos inocentes torcedores do futebol do PI. Juntou-se a ele um ex-presidente do clube, de nome Delson Castelo Branco, que há bem pouco tempo andava tecendo críticas ao pastor tricolor. O discurso deste também foi bem parecido com o de seu patrão falando inclusive em humilhar o ECF durante toda a competição regional de 2012. Senhor, o senhor ainda está na década de 10? Rivalidade? Pare com isso, o foco de qualquer clube é a ascensão no cenário nacional. Rivalidade? Isso não existe mais por aqui. Caia na realidade. O senhor pode ser médico, e talvez dos bons (não o conheço), mas como torcedor e dirigente, parece não ter evoluído. Esqueça a questão regional e olhe para o aspecto nacional. Ou o seu foco é político?
No post acima, veja o modesto valor que o Fortaleza irá gastar no seu campeonato regional. Com este valor aí dá para comprar todos os clubes do PI.
Livros: O PSDB x PT. Um pouquinho do Brasil da corrupção
Prepare-se, leitor, porque este, infelizmente, não é um livro qualquer. Ele nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por alguns de seus ministros e altos funcionários. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos.O autor, famoso jornalista investigativo, que trabalhou em varios grandes jornais e revistas, faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem que tinha o objetivo de desacreditar um possível candidato do PSDB, o ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas. livro tem 160 páginas de documentos irrefutáveis, contas no exterior, copias de cheques e contratos, fotos dos locais onde os políticos guardaram dinheiro para enriquecerem e financiarem campanhas eleitorais.
O leitor tem em mãos um livro demolidor. As políticas econômica e social do governo Lula são analisadas à luz de inovações metodológicas e conceituais concebidas com grande rigor, sem exageros, sem chavões e sem adjetivação. Surge uma imagem desoladora. A eleição de Lula à Presidência da República foi a operação política conservadora mais bem-sucedida da nossa história, pois deu novo fôlego a um modelo que estava esgotado. Seus resultados comprometem o futuro do Brasil. Isso tem sido parcialmente mascarado pelos efeitos de uma conjuntura internacional excepcionalmente favorável, que não persistirá para sempre. Quando essa conjuntura mudar, todos os nossos problemas estruturais estarão agigantados.
Nunca antes neste país houve tanta mistificação. Não é verdade que a vulnerabilidade externa tenha diminuído, quando comparada com o resto do mundo; na verdade, aumentou. Não é verdade que o crescimento das exportações sinalize uma inserção internacional mais virtuosa, pois estamos vivendo mais um episódio de adaptação passiva e regressiva ao sistema econômico internacional.
A indústria de transformação perde dinamismo, com fortalecimento dos setores intensivos em recursos naturais e desarticulação de cadeias produtivas. Na pauta de exportações, têm peso crescente os bens de baixo valor agregado. Há perda de eficiência sistêmica. Nossas taxas de crescimento são inferiores à média internacional. Estamos ficando para trás.
Quando se consideram, em conjunto, as seis variáveis macroeconômicas mais importantes, Lula obtém o quarto pior índice de desempenho presidencial da nossa história republicana. E sua política social, centrada no Programa Bolsa Família, é uma grosseira mistificação. Ao contrário do que se diz, não está em curso um processo de distribuição de renda, pois os rendimentos do trabalho, vistos como um todo, continuam a cair sistematicamente, como proporção da renda nacional.
Com a adesão do Partido dos Trabalhadores ao sistema tradicional de poder, chegou ao fim o impulso transformador que surgiu nas lutas pela redemocratização do país. A política brasileira apequenou-se ainda mais. Sem disputa de projetos, o sistema político faliu. Foi despolitizado, reduzido a doses cavalares de marketing e a um conjunto de pequenos acordos, tudo a serviço da conquista e da preservação de posições de poder.
Nunca foi tão grande, na sociedade, o sentimento difuso de desimportância em relação à política institucional. O governo que, na origem, prometia mudanças tornou-se o governo do cinismo e da passividade.
Diogo Mainardi, um dos mais polêmicos e conhecidos comentaristas do cenário político brasileiro, reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão, publicadas na Revista Veja, no livro "Lula é Minha Anta". Muito mais que uma simples reunião de textos, Mainardi aprimora suas crônicas, com comentários inéditos que contam os bastidores do trabalho do colunista.
Diogo Mainardi, um dos mais polêmicos e conhecidos comentaristas do cenário político brasileiro, reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão, publicadas na Revista Veja, no livro "Lula é Minha Anta". Muito mais que uma simples reunião de textos, Mainardi aprimora suas crônicas, com comentários inéditos que contam os bastidores do trabalho do colunista. "Lula é meu. Eu vi primeiro. Agora todo mundo quer tirar uma lasca dele. Até os jornalistas que sempre o apoiaram. Chamam-no de ignorante. Chamam-no de autoritário. Como assim? Lula tem dono. Só eu posso chamá-lo de ignorante e autoritário. O resto é roubo. Roubaram Lula de mim."
O livro expõe de forma irreverente e ácida um dos momentos mais críticos da política brasileira. Odiado por uns, amado por outros, Diogo Mainardi defende sua posição contra o Presidente da República que, segundo ele, "é só um burocrata medíocre que a gente contrata por quatro anos para desempenhar uma tarefa que nenhuma pessoa minimamente sensata estaria disposta a desempenhar. Ele não é nosso chefe: nós é que somos chefes dele."
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