O primeiro caso relevante que chamou a atenção da grande maioria dos piauienses aconteceu na luta empreendida para se retirar as investigações do desvio de recursos da Assembléia Legislativa do Piauí da ordem de R$ 150 milhões da alçada da Polícia Federal para o âmbito investigativo da Polícia Civil do Piauí, que, para muitos, tem a inegável intenção de que tudo continue como dantes no quartel de Abrantes. Tanto que depois da mudança efetuada não se vê mais falar no caso do Poder Legislativo, pelo contrário, lá se sabe que os suspeitos gozam da paz e da tranqüilidade dos impunes.
Em seguida veio o caso do assassinato da estudante Fernanda Lages. O começo da investigação já sinalizava qual seria o resultado do inquérito. A dúvida se foi homicídio ou suicídio. Mas coisas estranhas se sucederam neste caso. Ocorreu mudança do delegado que presidia o inquérito. Foram cometidos alguns atropelos no decorrer da investigação por carência de material pericial humano e laboratorial técnico e científico por deficiência do Estado ao longo do tempo. Inexperiência das autoridades policiais para solucionar crime de elevada complexidade. Acompanhamento do Ministério Público que mais atrapalhava do que colaborava para a elucidação da infração, pelos promotores gostarem mais da mídia do que se concentrarem nas circunstâncias da execução do delito, dessa maneira, o desfecho não poderia ser diferente pela forma como a investigação foi conduzida.
Depois ocorreu o incêndio que destruiu os arquivos dos órgãos do Estado no Centro Administrativo: as Secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Tecnológico e da Controladoria Geral do Estado. Por coincidência, o incêndio se deu logo depois da deflagração do processo de investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Controladoria Geral da União na Secretaria de Saúde para apurar desvio de recursos públicos. Se o incêndio foi acidental ou criminoso não se sabe, mas o governador chamou a Polícia Federal para investigar o caso que seria naturalmente da competência da Polícia Civil.
Os três casos acima referenciados deixaram os piauienses perplexos com os seus desdobramentos e também com a sensação, constatação, de viver-se num Estado que, quando foi chamado a defender os interesses mais supremos dos seus coestaduanos, não correspondeu, não por falha como Estado-Membro da Federação, que muito nos orgulha, mas por negligência ou omissão de algumas das suas instituições que não estão aparelhadas adequadamente para responder às demandas de uma Administração Pública moderna no combate aos transgressores do ordenamento positivo nacional. Nos tempos atuais, isso não pode mais acontecer. Urge, pois, que as instituições piauienses sejam fortalecidas, banindo delas aqueles que estão à sua frente sem qualquer compromisso com a coletividade, a fim de que o Estado do Piauí cumpra fielmente com o seu destino de bem servir a sociedade como um todo, pois há muito tempo se clama por esses inalienáveis direitos.
Fonte: gp1.com.br (Deusval Lacerda de Moraes)
Comentário: a minha descrença não é de agora.Talvez da década de 80 para cá quando passei a refletir como é a roda da política. Não vejo melhoras pelo menos até aonde a minha visão pode ir. Vamos falar aí em uns 50 anos. Principalmente porque existe um grau bastante criminoso de subordinação das emissoras de tvs ao poder local. Desta forma políticos como Robert Rios, Wilson Martins, Temístocles Sampaio, Zé Filho, JVC, Wellington Dias, Mão Santa, Freitas Neto e algumas outras centenas deles já teriam que ser banidos da vida pública, pelo bem do serviço público, se não fosse o amparo de algumas tvs locais. Na verdade a oligarquia nunca acabou no estado e está embutida há décadas dentro de alguns ou todos meios de comunicação do estado, principalmente nas emissoras de tvs. Assim, as mesmas famílias continuam sugando recursos públicos como se aquilo fosse forma de emprego; e novas desabrocham: Ciro Nogueira Filho e Iracema Portela, Temístocles e Marlon Sampaio; Wellington Dias e Rejane Dias; Wilson Martins e Lílian Martins; No interior, por exemplo, Luís Meneses e Marden Meneses. Por aí vai. Um detalhe: criaram a TV Assembleia para divulgar a vida do parlamentar, inclusive para mostrar a vida íntima, nada de críticas, só elogios; mas não esqueceram do empresário donos das emissoras de tvs: grande vulto de recursos são pagos com a publicidade do programa Assembleia em Foco em troca de espaço político nos mais diversos programas, principalmente, no horário nobre do dia; Outro exemplo de espaço político pago: tenho visto as tvs locais divulgando o governador do estado inaugurando meio metro de estrada. Tudo bem. O mais engraçado é que as emissoras mostram 15 minutos de palanque político sem mesmo mostrar um centímetro do que está sendo inaugurado. Que fique claro. Essas tvs estão recebendo para divulgar ao vivo sempre trabalhando para o "progresso do estado". Enquanto isso, o estado do Ceará dá exemplo de profissionalismo: em breve estará inaugurando o Complexo Siderúrgico do Pecém (envolve refinaria, siderúrgica e usinas termoelétricas, vão demandar mão-de-obra qualificada superior a 121 mil profissionais para a região de São Gonçalo do Amarante e Caucaia, incluindo empregos diretos e indiretos.); e os políticos daquele estado não precisam abraçar a presidente Dilma para terem liberados recursos federais como fazem os medílcres políticos do estado do Piauí, conhecidos lá em Brasília como políticos puxa-sacos e sem projetos.No vizinho estado têm projetos. Aqui no PI têm: as tvs contra o povo, recursos públicos para a compra de votos, desvios (Caso da Assembleia Legislativa cuja imprensa local não toca e não tocará no assunto), pagamento de cargos em comissão de amigos e da base. Não alheio à politicalha, a maioria da máquina pública do estado continua funcionando, ressalte-se, de forma precária. Mas para isso, pode-se fazer alguma reclamação à Ouvidora. Ah!, mas é o João Madson quem esta lá. Não dá para sentir nojo?


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