O amador futebol profissional do Piauí, e ai!
Um dia eu estava na Praça do Bairro São João quando encontrei o lendário Assis Penicilina, um futebolista amador respeitado e homenageado por todos em Teresina. Com quase 80 anos de idade, Velho Assis, como é chamado carinhosamente no bairro, me chamou para conversar.
Cada um sentou em uma cadeira de macarrão colocada na calçada e passou a falar da vida. Como Penicilina sempre viveu do futebol amador de Teresina, a conversa acabou rumando para o esporte. Perguntei ao mestre:
- Seu Assis, o que o senhor acha dessa crise no futebol piauiense?
Penicilina foi logo ao ponto.
- Futebol do Piauí é amador.
Então, passou a contar histórias de torneios amadores que, para ele, eram superiores aos campeonatos profissionais. Contou sobre jogadores profissionais que passaram a atuar nos torneios amadores e conquistaram ganhos superiores aos que recebiam nos clubes ditos profissionais.
Não queria acreditar naquela história do Seu Assis. Realmente tem sentido essa conversa de que o futebol amador do Piauí é melhor que o futebol profissional? Sinceramente, o Velho Penicilina está certo.
Olha o tamanho da crise instalada na Federação de Futebol do Piauí (FFP). Com apenas 16 clubes, só consegue arrumar problemas com a CBF e, pior, não consegue organizar um campeonado atraente. É uma verdadeira lástima esportiva.
Isso não é falta de atletas comprometidos. Na verdade, o piauiense tem talento esportivo e só precisa treinar de forma correta para ter sucesso. Basta ver os resultados da Federação de Judô do Piauí. Contudo, não adianta um atleta comprometido se a federação é uma bagunça sem fim.
A Federação de Futebol do Piauí iria fazer uma eleição para definir de uma vez por todas quem seria o seu novo presidente. Nos últimos meses, a entidade teve uma tonelada de presidentes, mas continuou no buraco. Com uma definitiva eleição no gatilho, os 16 clubes sábios do Piauí simplesmente continuaram na mesma confusão e ainda acharam por bem criar uma nova federação.
Exatamente. O Piauí tem agora duas federações de futebol. A nova conta com os seguintes clubes: River, Picos, 7 Cidades, Tiradentes, Krac, Caiçara, Fluminense, Parnahyba, Oeiras, Princesa do Sul e 4 de Julho. A velha ficou com o Piauí, Flamengo, Barras, Cori-Sabá e Comercial.
É a verdadeira divisão da pobreza.
Clubes pobres, sem recursos, dividem-se por qual razão? Creio que querem ultrapassar o fundo do poço, pois quem divide a pobreza fica miserável. O Velho Assis Penicilina tinha total razão. Os clubes do Piauí não sabem fazer futebol profissional.
Uma prova disso é a nova camisa do River, que não libera o calor corporal do atleta. Os dirigentes do futebol piauiense não sabem nem escolher uma camisa para os atletas.
É Velho Assis, você está certo. O futebol piauiense é amador.
Melhor fechar as federações piauienses de futebol "desprofissional". Viva o futebol de várzea!
Cada um sentou em uma cadeira de macarrão colocada na calçada e passou a falar da vida. Como Penicilina sempre viveu do futebol amador de Teresina, a conversa acabou rumando para o esporte. Perguntei ao mestre:
- Seu Assis, o que o senhor acha dessa crise no futebol piauiense?
Penicilina foi logo ao ponto.
- Futebol do Piauí é amador.
Então, passou a contar histórias de torneios amadores que, para ele, eram superiores aos campeonatos profissionais. Contou sobre jogadores profissionais que passaram a atuar nos torneios amadores e conquistaram ganhos superiores aos que recebiam nos clubes ditos profissionais.
Não queria acreditar naquela história do Seu Assis. Realmente tem sentido essa conversa de que o futebol amador do Piauí é melhor que o futebol profissional? Sinceramente, o Velho Penicilina está certo.
Olha o tamanho da crise instalada na Federação de Futebol do Piauí (FFP). Com apenas 16 clubes, só consegue arrumar problemas com a CBF e, pior, não consegue organizar um campeonado atraente. É uma verdadeira lástima esportiva.
Isso não é falta de atletas comprometidos. Na verdade, o piauiense tem talento esportivo e só precisa treinar de forma correta para ter sucesso. Basta ver os resultados da Federação de Judô do Piauí. Contudo, não adianta um atleta comprometido se a federação é uma bagunça sem fim.
A Federação de Futebol do Piauí iria fazer uma eleição para definir de uma vez por todas quem seria o seu novo presidente. Nos últimos meses, a entidade teve uma tonelada de presidentes, mas continuou no buraco. Com uma definitiva eleição no gatilho, os 16 clubes sábios do Piauí simplesmente continuaram na mesma confusão e ainda acharam por bem criar uma nova federação.
Exatamente. O Piauí tem agora duas federações de futebol. A nova conta com os seguintes clubes: River, Picos, 7 Cidades, Tiradentes, Krac, Caiçara, Fluminense, Parnahyba, Oeiras, Princesa do Sul e 4 de Julho. A velha ficou com o Piauí, Flamengo, Barras, Cori-Sabá e Comercial.
É a verdadeira divisão da pobreza.
Clubes pobres, sem recursos, dividem-se por qual razão? Creio que querem ultrapassar o fundo do poço, pois quem divide a pobreza fica miserável. O Velho Assis Penicilina tinha total razão. Os clubes do Piauí não sabem fazer futebol profissional.
Uma prova disso é a nova camisa do River, que não libera o calor corporal do atleta. Os dirigentes do futebol piauiense não sabem nem escolher uma camisa para os atletas.
É Velho Assis, você está certo. O futebol piauiense é amador.
Melhor fechar as federações piauienses de futebol "desprofissional". Viva o futebol de várzea!
*Ricardo Luís de Almeida Teixeirra é defensor público no Maranhão e blogueiro. Artigo original publicado no seu Maranhão e Piauí Sem Fronteiras
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