sábado, 8 de outubro de 2011

Coisas da bancada do Ríver. Seria o futuro presidente da Federação de Futebol do PI.

O artigo abaixo foi extraído do jornal Correio Braziliense e mostra a cara de nossos políticos. Aliás, meu não. Nenhum deles têm o meu voto. Principalmente sendo da bancada do Ríver. Conclamo aos torcedores do futebol do PI para fazer o mesmo. Dizer não a essa turma que pensa ser maior do que o povo do estado, no entanto, frágeis nacionalmente perante a sua classe.


A década da segurança de trânsito no Brasil / Artigo / David Duarte Lima
05/10/2011
Professor dFaculdade de MedicindUniversidade de Brasíli(UnB) e presidente do Instituto Brasileiro de Seguraa no Trânsito

 agora, quase nove meses depois de assumir o governo, a presidente daRepública nomeou o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Indicado pelo senador Ciro Nogueire sem experiêncicompatível para aresponsabilidade que lhe foi delegada, o novo diretor afirmou, no discurso deposse, estar ali par"representar o povo do Piauí e o Partido Progressista". Começou errado: o Denatran não é a Câmardos Deputados. Aliás, em nenhum dos incisos do artigo 19 do Código de Trânsito Brasileiro, que define as funções do órgão, está escrito que o Denatran é uminstância de representação popular. Essé a exatimagem dprioridade que o governo confere ao trânsito.

T
alvez algum corajoso (iconoclasta?) devesse perguntar à presidente: "Que doençatodos os dias mata no Brasil cerca de 120 pessoas, fere 2.500 e deix500 com lesões irreversíveis? Que doençconsome da nosssociedade R$ 30 bilhões todos os anos?"

Todos os
 anos morrem mais de 40 mil brasileiros e 800 mil ficam feridos no trânsito.No Brasil, umem cadtrês pessoas será ferida no trânsito antes de completar 60anos (que doençfaz tantas vítimas?). Em 2010, 10 mil motociclistas morreram e 500 mil ficaram feridos. É a principal causa de morte entre criaas. A situação é séria. E intolerável é o descaso com que é tratada.

Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o período 2011-2020 como aDécaddSeguraa de Trânsito, cujo objetivo é reduzir à metade as mortes notrânsito. Vários países iniciaram há muito esse trabalho. Os Estados Unidos reduziram em 25% a mortalidade em cinco anos. Lá, em 2010, houve menos mortesno trânsito do que em 1949. A Bélgica, outro exemplo, no ano passado teve o menor número de mortes no trânsito em 60 anos.

Por
 aqui, nestes tristes trópicos, a histórié bem outra. Os esforços são esparsos e isolados. A lei seca, de autorido deputado Hugo Leal, enfrentoposição e críticas constantes. Assim como obedecer à sinalização, soprar o bafômetro parece ser opcional. Com algum amparo dJustiçe invocando direitos constitucionais, motoristas ébrios ameaçam, às vezes matam, e seguem impunes. Você conhecealgum motoristque está atrás das grades por ter atropelado um pedestre ou ciclista? Os motociclistas, por seu lado, morrem aos montes nas ruas sob o olhar displicente do governo.

Sem qu
alquer programconsistente de educação paro trânsito, a sociedade é mantidnignorâncisobre como se proteger. Parse eximir de responsabilidade, o governo insiste em colocar nas vítimas toda a culppeltragédia. São sempre os motoristas irresponsáveis, os motociclistas imprudentes, os pedestres que não respeitam a sinalização, como se ao governo não coubesse construir e zelar por ruas seguras, fiscalizar e punir infratores.

Décadpara a Seguraa no Trânsito é uma novoportunidade parcombateras tragédias nas nossas vias. Temos de começar já, com um programconsistente, robusto e o envolvimento dsociedade. No caso brasileiro, é possível cumprir o objetivo principal — reduzir à metade o número de mortos — em apenas cincoanos. Parisso, é imprescindível que todos assumam suas responsabilidades. Inclusive, e principalmente, o governo.

Não há
 alternativa: ou encaramos de frente o probleme resolvemos a questão daseguraa no trânsito, ou ao final de caddia, de cada noite, continua a agoniadfamílià espera de um ente querido que pode não voltar. É hora de dar um basta! E, parcomeçar, o sistema de trânsito precisa deixar de ser moeda de trocapolítica.


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