A refundação do Auto Esporte Clube será decidida em Teresina na última semana de 2010 entre os ex-jogadores do campeão piauiense de 1983. O "calhambeque" foi um dos últimos representantes do Estado no brasileirão da primeira divisão, tendo o privilégio de ter no ataque o ex-craque e artilheiro Sima.
Bega, Durval, Joãozinho, Celso e outros que vestiram a camisa alviverde estão dispostos a mais uma vez colocar o coração a trabalho da "causa" que nunca se perdeu, apesar da desativação: um time competitivo dentro e fora das quatro linhas dos estádios piauienses.
O time da antiga Rua Palmeirinha (atual Clodoaldo Freitas), no centro de Teresina, poderá retornar à atividade com o objetivo de realizar o sonho de uma geração de jogadores que ficaram conhecidos como os "professores" e "doutores" da bola, porque a maioria fazia um curso superior, inclusive medicina.
"Nós estamos todos para nos aposentar, cada um na sua carreira profissional. Nada melhor do que dar um sentido interessante às nossas vidas. Por que não refundar o Auto Esporte, o time que ficou guardado no peito? Queremos levar o assunto a sério, e conhecemos futebol", afirma o ex-volante e professor de Educação Física Durval Martins de Oliveira, 50 anos.
A volta do Auto Esporte está sendo pensada com muita cautela. Primeiro será eleita a diretoria, a ser presidida pelo ex-zagueiro Bega (Rosemberg Vieira Peixoto, 54 anos), e montado o conselho para, então, iniciar os trabalhos de convencimento dos filiados da Federação de Futebol do Piauí pelo reingresso do "calambeque".
A partir daí, o Auto Esporte precisará participar de torneios amadores, nas categorias sub-18 e sub-20, até poder disputar o campeonato piauiense da segunda divisão. Durval não sabe precisar quanto tempo será necessário para o time estar de volta à elite do piauiense: "É difícil fazer um prognóstico. Temos que ser pacientes porque não nos restou mais nenhum pedaço de chão para treinar. Estamos fora do campeonato da primeira divisão desde 1993. É muito tempo. Mas vamos recomeçar."
Futebol é uma coisa cara, até no Piauí, que só está com o direito a uma vaga na quarta divisão do brasileiro. Para montar um time mediano, com pratas da casa, em condições de jogar no campeonato de 2011, o cálculo de Durval é de que o Auto Esporte, se pudesse, teria que ter em caixa no mínimo R$ 150 mil. É aí que entram os patrocinadores, que os refundadores precisarão encontrar.
O Auto Esporte Clube de Teresina foi fundado no dia primeiro de maio de 1950 por motoristas autônomos, razão do nome, asssim como ocorreu com o Auto Esporte de João Pessoa (PB). O jornalista João Henrique Araújo Bezerra foi convidado pelos "professores" para fazer um livro sobre essa história, principalmente do time que levantou a taça em 1983. Antes disso, a turma quer ver atualizada a página no Wikipédia, para mostrar que o Auto Esporte está vivo.
Fonte: acessepiaui.com.br
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