é ver seu time ganhando jogos interestaduais, sendo transmitidos pela tv nas competições promovidas pela CBF, com organização administrativa e transparente,
respeitando o estatuto do torcedor, afinal futebol é um espetáculo e todo espetáculo tem que ser bom para ser atrativo. Não adiante, volto a repetir, utilizar-se do marketing para divulgar aquilo que não é bom. Logo, logo o consumidor irá descobrir que aquilo não passa de enganação. O marketing tem que se aliar no momento em que os resultados estão aparecendo. Imaginemos o ECF com o mesmo papel que o Sampaio Correa está fazendo agora. Coma mesma campanha do time maranhense, seguramente o Albertão, assim como está acontecendo no Nhozinho Santos em São Luís, estaria recebendo de 10 a 13 mil torcedores empolgados no estádio. Quantas e quantas camisas não estariam sendo vendidas. A imprensa esportiva não falaria nem de São Paulo, nem Corinthians nem de outro clube. Quer dizer, falaria menos. Todas as atenções e expectativas estariam sendo direcionadas ao clube piauiense. Mais espaço na mídia seria dada ao ECF. Mais jornalistas esportivos seriam necessários. E caso o clube não conseguisse ascender de série, o trabalho ficaria plantado para o ano seguinte e a expectativa do torcedor continuaria acesa. O que está faltando, então, é isso: resultado relevante, duradouro e em sequência em competições nacionais. O retorno financeiro seria consequência. Agora não podem é pedir que voltemos aos estádios com a desorganização que está aí. Acredito que da forma que está em 15 anos não sairemos de onde estamos. Só para se ter uma ideia, clubes na série C com folha de pagamento em torno de R$ 300 mil está há anos tentando passar a série B. Como exemplo eu cito o Rio Branco do Acre. E olha que o governador Tião Viana está fazendo de tudo, juntamente com toda a bancada de senadores, para levar o clube acreano à 2ª divisão. Dinheiro público é o de menos. Lá quem banca o clube são bancos trazidos pelos senadores. Em entrevista lá no estádio Rei Pelé no último sábado por ocasião da partida entre CRB e Rio Branco (0 a 0), um dos senadores do Acre falou que o futebol eleva a autoestima do povo, torna o estado conhecido e fortalece os políticos acreanos na busca de investidores para o estado uma vez que o nome do Acre estará sempre na mídia. A TV Aldeia, que é uma emissora pública igual a TV Antares do PI, estava lá em Maceió mostrando o jogo para todo o estado do Acre. E no domingo estava em cadeia com outra tv pública, desta vez a TV Cultura do Pará. A partida transmitida era Paysandu e América de Natal, ambas equipes do mesmo grupo do Rio Branco do Acre. Então trabalhar pela imagem do estado se faz como o Acre está fazendo. O futebol eleva e diminui o nome de um estado nacionalmente prejudicando nos casos de más resultados até o aspecto político do estado. Só não percebe quem tem a visão limitada como os políticos do Piauí. O exemplo do Acre serve para mostrar que com tudo isso é difícil ascender um clube de futebol, imagine com trabalhos feitos de forma amadora, como tem acontecido há décadas em nosso futebol (o do Piauí). Veja o texto extraído do portal do Esporte Clube Flamngo:
AUSÊNCIA DO TORCEDOR PIAUIENSE DOS ESTÁDIOS
Nas últimas duas décadas, somente em duas oportunidades não tivemos de 7 a 8 meses de férias, quando da realização da Copa Piauí em 2006 e 2009. Foi feito um grande mal e como todo, difícil de ser desfeito. Nosso torcedor se "acostumou" a ficar em casa assistindo jogos pela TV, Campeonatos Internacionais, Nacionais e Estaduais do Rio-São Paulo. Trazê-lo de volta não será fácil e logo de imediato. Far-se-á necessário um trabalho de URGÊNCIAenvolvendo uma "mídia intensa e agressiva". Propagandas em rádio FM, chamadas dos jogos nas TVs, notícias nas primeiras páginas de jornais, out-door, propagandas em muros, panfletagens em paradas de ônibus e sinais, mídia volante... tudo junto, de maneira duradoura e acima de tudo criando "polêmica", com frases do tipo: "Se você é chamado de sub-raça e mesmo assim lota bares e vibra em passeatas, só prova o quanto tu és alienado"; "Se teu pai e tua mãe não forem grandes, nem assim deixarás de amá-los, nada justificando o piauiense que só torce para times de fora"; "Já pensava Rui Barbosa: você ama sua terra não por ser grande, mas sim por ser sua. Admirável aquele que torce para clube de sua terra"; "Gosto não se discute, mas personalidade sim, pois a grandeza de um povo está em sua identidade. É deprimente observar tantos torcedores piauienses marionetes". Para completar, nossos meios de comunicação dão mais ênfase ao futebol nacional e internacional que o local, como se não fosse suficiente a grade da programação dos veículos de comunicação já destinados aos mesmos. Sujo falando de mal lavado. Muitos da imprensa só sabem criticar os dirigentes, porém possuem tanta culpa ou talvez até mais que os mesmos.






