Acertadamente, o Juiz Ricardo Gentil determinou o afastamento do Esporte Clube Flamengo de todas as competições oficiais ou não. Não se pode esquecer que o objeto do clube é o futebol. E qual seria a principal ferramenta para o rubronegro por em prática a sua missão? Claro, primeiro ter um clube em condições de oferecer conforto aos seus associados. Depois uma estrutura mínima necessária para a prática do futebol ou de outros esportes. Sem essas ferramentas é impossível um clube permanecer de pé. No momento o Fla não tem nem uma coisa nem outra. A decisão do magistrado veio em boa hora. Agora é esperar para ver quem será o responsável pela administração do clube nos próximos anos. Seja quem for, agirá com responsabilidade se primeiro organizar a casa para depois pensar no futebol. Quanto a imprensa, esta é imediatista e talvez precipitada no seu pensamento de exigir um Esporte Clube Flamengo para o agora, para o presente. O que seria melhor? Estruturar e trazer o Esporte Clube Flamengo forte no futuro? Ou continuar com esta forma de administração amadora para beneficiar a alguns poucos? Com esta última opção, a imprensa será beneficiada de momento, mas com o passar do tempo, toda ela pagará o preço de ter feito a pior escolha. Basta lembrar que somente uma ou duas rádios da capital têm programas esportivos. Estão pagando por não ter cobrado ao longo dos anos profissionalização e responsabilidade dos clubes. Amigo, hoje tudo funciona com organização e planejamento estratégico, caso contrário nenhuma empresa consegue sobreviver.
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Atendendo requerimento do grupo de torcedores que acionou o Esporte Clube Flamengo em dezembro e com base nas informações do interventor José Teles Veras, o juiz Ricardo Gentil Eulálio Dantas, titular da 5ª Vara Cível de Teresina, determinou a saída do time rubro-negro tanto da Taça Reinaldo Ferreira (da qual já foi mesmo eliminado) quanto do Campeonato Piauiense que se aproxima.
A petição do advogado do grupo de torcedores e associados Petrônio Filho, Carlos Juremal e Luiz Fernando, foi provocada pelo fato do Flamengo ter entrado na Taça Reinaldo Ferreira com o time sob a administração do ex-vice-presidente e candidato a presidente Jankel Costa. Segundo o advogado Mauro Motta, "o Flamengo estava sendo usado indevidamente. A imagem do clube sendo exposta por quem não tinha direito para tal".
Após receber o pedido, Ricardo Gentil ouviu também o interventor e dele recebeu substancial informação que lhe deram a convicção de que, o melhor para o clube, no momento, era a saída imediata do Campeonato Piauiense. O ofício comunicando o afastamento do time rubro-negro deverá ser encaminhado à Federação de Futebol do Piauí nesta terça-feira. Com isso, o campeonato passa a contar com apenas dois representantes da capital - River e Piauí. E perde o clássico mais tradicional do nosso futebol - o Rivengo -, que deve voltar a ser jogado somente em 2012.
TERCEIRA VEZ
Esta não é a primeira vez que o Flamengo deixa o Campeonato Piauiense de Futebol. É a primeira por ordem judicial, mas já por duas vezes a associação rubro-negra afastou-se da competição promovida pela FFP. No início da década de 1950, o time começou a atravessar uma grande crise. A diretoria da época resolveu pedir licenciamento e o clube ficou fora do campeonato de 1953 a 1958. O retorno aconteceu em 1959 e, gradativamente, o time foi recuperando sua força e prestígio.
Ganhou novos adeptos e vários títulos. Bicampeão em 64/65, 70/71, campeão em 76, 79 e 84, e tri em 86/87/88. Mas o fantasma do afastamento voltou em 1992. Alegando problemas de ordem financeira, a diretoria resolveu tirar o time novamente do campeonato. E desta vez o River também ficou fora. Ambos retornaram no ano seguinte. Agora, por ordem judicial, o Flamengo deixa o Campeonato Piauiense pela terceira vez.
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