Campeonato acreano

Não faltaram emoção e gols nos jogos de ida das semifinais do Campeonato Acreano 2011, neste domingo, na Arena da Floresta. Plácido de Castro e Rio Branco saíram na frente na briga para chegar às finais.

Plácido de Castro 4x3 Atlético Acreano
O jogo de abertura da rodada dupla surpreendeu o bom público presente. Jogando com vontade, o Plácido de Castro venceu o Atlético Acreano por 4 a 3, e precisa apenas de um empate na partida de volta para se classificar.

O jogo começou quente, com o Tigre do Abunã abrindo o placar aos 3 minutos, com Zico, de cabeça. Aos 6, Bruno igualou o marcador: 1 a 1. Aos 22, de novo o baixinho Zico faz em jogada aérea: 2 a 1. Aos 44, Polaco tenta o cruzamento, mas a bola vai direto para gol: 2 a 2.

Na etapa final, o Galo Carijó criava as chances, mas não balançava as redes. E como o ditado popular do futebol diz: ‘quem não faz, leva’. Aos 24 minutos, em contra-ataque, Iris colocou o time da fronteira na frente novamente. Aos 32, Zico fez o seu terceiro gol na partida: 4 a 2. E aos 48, Zidane, de cabeça, diminui para o Atlético Acreano: 4 a 3.

Rio Branco 4x2 Juventus
De virada, o Rio Branco derrotou o Juventus por 4 a 2, mas não convenceu sua torcida. O destaque da partida foi o atacante Araújo, que entrou no segundo tempo e comandou a virada estrelada.

O Clube do Povo começou melhor, criando boas chances de gol. Mas logo o jogo ficou equilibrado e bastante truncado. As duas equipes não conseguiam armar jogadas. Aos 20 minutos, Jô invade a área pela direita e cruza para Neilson abrir o marcador: 1 a 0. Aos 35, Rossini cobrou falta e Rodrigão empatou de cabeça: 1 a 1.

Na segunda etapa, os dois times se soltaram mais e passaram a fazer um confronto mais dinâmico. Aos 7 minutos, Jô dribla dois marcadores, deixa o goleiro Rafael Córdova no chão e chuta para fazer o segundo gol juventino.

O técnico Everton Goiano colocou o atacante Raújo no lugar do volante Joel. Deu certo. Na sua primeira participação no jogo, aos 21 minutos, Araújo cruzou e Paulo Krauss empatou de cabeça: 2 a 2. Aos 26, Araújo recebe a bola dentro da área, domina e chuta de primeira, fazendo um golaço, virando para o Estrelão: 3 a 2. Aos 39, Balú invade a área pela direita e é derrubado. Na cobrança de pênalti, Juliano César garante a vitória alvirrubra: 4 a 2.

Mesmo com a vitória na raça, nas arquibancadas, a torcida do Rio Branco não poupou críticas ao elenco da temporada 2011. Alguns não acreditam numa boa campanha na Série C, e até arriscam um possível rebaixamento para a Série D do Brasileirão caso não venha bons reforços.

Jogos de volta
No próximo domingo, a partir das 17h30, acontecem as partidas de volta. No primeiro jogo, se enfrentam Juventus e Rio Branco, e em seguida, Atlético Acreano e Plácido de Castro. Vale lembrar que se classifica para as finais quem somar mais pontos nos dois confrontos, não importando o saldo de gols.


Comentário: assisti ontem à noite o primeiro jogo (Plácido de Castro 4x3 Atlético Acreano) pela TV Aldeia do Acre ( TV Cultura). Infelizmente os nossos times (do PI) ainda estão aquém aos do Acre. Também assisti a Ríver e Parnaíba na companhia de um riverino. Comparando os jogos de lá com os de cá, percebi que o nosso futebol continua daquele jeito: muita correria e pouca técnica. O que me impressiona é que parte da mídia faz elogias a um jogador de nome Tote. O rapaz vai à linha de fundo algumas vezes, mas falta inteligência. Na maioria das vezes, ele simplesmente joga a bola na área de forma aleatória. Não houve nenhuma tentativa de passe dentro da área ou um cruzamento em direção à meia lua, lugar em que vez por outra apareciam alguns jogadores riverinos dando opção. Jogador extramente comum. Ali próximo a mim, diversos torcedores ficaram insatisfeito com a atuação do camisa 7 do Ríver, que tem algums bons jogadores como Diego Torres, Carlinhos (zagueiro), Negretti e o lateral Ângelo. O restante são jogadores de muita correria e de pequena técnica. Já os acreanos, ao contrário de nós, são menos corredores mas fazem a bola correr. O toque de bola de lá é mais preciso e eles tentam envolver o adversário. Não chegam de qualquer jeito ao ataque. Talvez isso explique o porquê de nós estarmos na quarta divisão e eles na terceira, com o Rio Branco na série C, e já terem sido campeões da Copa Norte, por exemplo, enquanto nós só campeões de competições dentro do estado. Os anos passam e nós continuamos com aquele mesmo futebolzinho que se vê em campos da periferia.

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