quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Sem quase nada" que lí se referindo ao Flamengo do PI. Um texto bonito mas talvez extemporâneo.

Li na internet um texto muito bonito e bem feito por um conceituado jornalista esportiva, mas talvez extemporâneo porque já deveria ter sido escrito há anos, não agora em que o Esporte Clube Flamengo agoniza. O "quase nada", além dos desmandos de gestões anteriores, pode ser creditado também à grande parte da imprensa esportiva que faz o futebol do Piauí. Muitos se calaram em respeito aos amigos. Há quanto tempo aquela sede alí deixou de funcionar. Houve alguém para questionar alguma coisa? Pelo contrário, agiam como se tudo estivesse bem, convocando torcedores a ir ao campo e se perguntando o motivo de tamanha evasão dos estádios de futebol do PI. Quantos programas esportivos eu já escutei? Quantos torcedores nesses programas já cobravam algum ação? Quantas vezes houve a cobrança de um campo de futebol para o rubro-negro? Houvi inúmeras promessas e ninguém da imprensa foi lá cobrar as tais promessas, fazer uma reportagem mais aprofundada acerca dos descasos encontrados. Até hoje ainda eu continuo vendo (ouvindo) desta vez acontecendo com o rival do Esporte Clube Flamengo, o Ríver. Como já disse, costumo acompanhar programas em rádios. Ouço torcedores cobrando do presidente do Ríver. No momento da cobrança, o apresentador por diversas vezes chega a cortar o raciocínio do ouvinte. Trata-o como se fosse um ignorante, que não soubesse o mínimo de futebol. Isso acontece bastante numa rádio pública de Teresina, claro, não com todos os apresentadores. Quando é o supervisor ou deputado que está por lá, chegam até a deixar o telefone fora do gancho para evitar perguntas dos ouvintes. Este exemplo serve para mostrar o "poder" de nossa mídia esportiva. Mídia esta que não cobrou no tempo certo as ações necessárias para um mínimo de sobrevivência do Esporte Clube Flamengo. Depois que um grupo de torcedores começou a cobrar pedindo espaço em rádios e mídias eletrônicas foi que eles da imprensa acordaram para a realidade, pois viram que a situação do Mais Querido erá caso de UTI. Enxergaram também que os seus empregos em rádios e tvs poderiam estar ameaçados no caso de o futebol morrer de vez. Culpo a imprensa poque eu acompanho rádio de todo o Brasil e posso comparar. Vejo como é a cobrança por aí afora. Por isso que o futebol ainda consegue ser melhor. Só para se ter uma ideia, o Goiás no sábado passado pegou uma goleada jogando em casa contra a Portuguesa (4 a 1). Lá em Goiânia, existe uma rádio chamada AM 1090. Na saída dos torcedores do estádio, o repórter foi lá entrevistar o desabafo de vários. É claro né, escutou-se de tudo. Inclusive pedindo a saída de toda a diretoria, dos cabeças falando o nome de cada um. Pediu também a saída de jogadores e do técnico, que já mudou. Você acha que isso acontece aqui no PI? Claro que não. Estamos eternamente pagando por sermos assim, ou seja, tão ruins e mesquinhos.

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