Quando se fala em Teresina, lembra-se cajuina, tanto que já tem uma música de Caetano Veloso falando sobre a bebida há décadas. Cajuína é uma típica bebiba criada no estado do Piauí há séculos à base do caju. Foi levada para o Ceará pelo farmacêutico Rodolfo Teófilo em 1891 após visita ao interior do PI. Aqui a bebiba sempre foi feita de forma artesanal e não continha álcool o que chamou a atenção do farmacêutico. Por tal motivo, o estado do Ceará quer levar para lá esse título de que a cajuína é fruto da criação deles. Estratégia para divulgar ainda mais o turismo. Ocorre que o estado do PI já patenteou há muito tempo este título. Mas é preciso intervenção das autoridades do estado pois daqui a alguns anos, quando se falar em cajuina, a primeira lembrança será o estado do Ceará. A mentira dita várias vezes, vira verdade. Veja reportagem abaixo sobre o Crush Cajuína "cearense". Antes, vale lembrar que o Maranhão tomou do PI o Bumba meu Boi. Na verdade foi uma estratégia para incentivar o Turismo. E deu certo. Antes, quando se falava em PI, falava-se em Bumba meu Boi tanto que foi criada uma música nacionalmente conhecida: "O meu boi morreu, o que será de mim, manda buscar outra, maninha, lá no Piauí...". Como está escrito na históiria brasileira, enquanto o restane do país vivia do plantio da cana de açucar na época colonial, o Piauí tinha a sua economia baseada na criação do gado. Isso explica o porquê de a escravidão ter acabado primeiro aqui no estado, pois não era preciso a exploração da mão de obra escrava em grande escala, bastava a mão de obra indígina para trabalhar a boiada. Foi a apartir da criação do gado que a dança Buma meu Boi foi trazida de Portugal para o estado. Veja abaixo o que o Wikipédia informa sobre o Bumba meu Boi. Depois leia a reportagem sobre a cajuina "cearense".
Bumba Meu Boi
A origem
A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Esta essência se originou da lenda de Catirina e Pai Francisco,origem nordestina, que sofreu adaptação à realidade amazônica. Dessa forma, reverencia o boi livre e nativo da floresta Amazônica, bem como a alegria, sinergia e força das festas coletivas pindoramas (pindoramas = indígenas - a palavra índio e indígena derivam da falsa impressão dos "descobridores" de terem chegado a Índia, sendo que a terra Brasileira era então nomeada por seus nativos de Pindorama).
A festa do Bumba-meu-Boi surgiu no nordeste do país, mais especificamente no Estado do Piauí, pois a região onde hoje se situa o Piauí começou a ser povoada por vaqueiros que vinham da Bahia em busca de novas pastagens para o gado. Ainda hoje a figura do vaqueiro é marcante e faz parte da cultura piauiense, além de ser uma personagem típica no estado. Mas foi no Estado do Maranhão que o Bumba-meu-Boi foi mais popularizado e exportado para o Estado do Amazonas com o nome de Boi-Bumbá, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.
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Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes. Dessa forma, enquanto no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é chamado bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas é boi-bumbá ou pavulagem; em Pernambuco é boi-calemba ou bumbá; no Ceará é boi-de-reis, boi-surubim e boi-zumbi; na Bahia é boi-janeiro, boi-estrela-do-mar, dromedário e mulinha-de-ouro; no Paraná, em Santa Catarina, é boi-de-mourão ou boi-de-mamão; em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé (em Macaé há o famoso boi do Sadi) é bumba ou folguedo-do-boi; no Espírito Santo é boi-de-reis; no Rio Grande do Sul é bumba, boizinho, ou boi-mamão; em São Paulo é boi-de-jacá e dança-do-boi.
A Cajuína
RIO - Caju e guaraná. Esse é o sabor do refrigerante que a Coca-Cola está lançando no Ceará. A escolha é cultural. O caju, utilizado como ingrediente da culinária nordestina, já é o principal produto de exportação do estado nordestino. Mas o nome da bebida é em inglês mesmo: o refrigerante foi batizada de Crush Cajuína. Neste primeiro momento, será vendido na região do Cariri.
A escolha do sabor do refrigerante, que leva na composição suco de caju, é fruto de análises de mercado e pesquisas realizadas com o público local, diz a empresa. O Crush Cajuína chega nas embalagens de 600 ml e dois litros.
Para o diretor de Operações de Mercado da Coca-Cola Norsa, Bernardo Legey, o lançamento é mais uma forma de agradar aos consumidores do Ceará.
- Nossa satisfação é respeitar a cultura de cada região. Sabemos que a importância do caju vai além da preferência popular. A cultura da fruta é responsável pelo consumo diferenciado de refrigerantes no estado do Ceará. A região é conhecida pela alta produtividade, com unidades de processamento e beneficiamento da fruta - disse Legey.
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