O Ministério dos Transportes autorizou ontem (18/4/11) a licitação para a continuidade da obra de duplicação da BR-135 entre Bacabeira e a Estiva, melhorando o acesso ao Porto de Itaqui, em São Luís.
Outra garantia do ministro Alfredo Nascimento à governadora Roseana Sarney (PMDB) e à bancada maranhense: a rodovia será duplicada até Miranda do Norte, cerca de 100 km de extensão, um reforço na infraestrutura contígua à futura refinaria da Petrobras, em Bacabeira. Tudo muito rápido para o Estado do Maranhão. A reivindicação foi feita em março.
Para o senador João Vicente Claudino (PTB-PI), que luta pela duplicação da BR-316 no Piauí, entre Teresina e Monsenhor Gil, os vizinhos conquistam recursos federais com mais facilidade porque fazem um trabalho político organizado, coeso e com projetos bem definidos.
"O Maranhão tem mais peso político do que o Piauí, é um fato. E não é apenas por causa do presidente José Sarney. Eu não personalizo essa questão. A bancada deles, como a do Ceará, age unida na defesa de projetos que interessam à população. O Piauí padece porque não investe em projetos e falha na sua organização política, não tem uma ação integrada. Diria que o Piauí está ilhado", avalia João Vicente Claudino.
E faz tempo que o Piauí carece de uma organização política eficiente, desde a morte precoce de Petrônio Portella em 1980, calcula o senador. "Petrônio chegou a ser cogitado para concorrer à Presidência da República. Se não tivesse morrido, ele poderia ter promovido a transição democrática. Infelizmente o Piauí espera desde então", diz.
O membro da bancada piauiense desafia os outros 12 componentes (2 senadores e dez deputados federais): "Qual a grande ação conjunta da nossa bancada, em prol do desenvolvimento do Piauí? Eu tenho um compromisso com o nosso Estado. Estou hoje na política. Poderei não estar amanhã. Enquanto fracionamos nossas emendas para várias ações, o Maranhão nos dá uma lição com a BR-135: a bancada estabeleceu prioridades junto com a governadora Roseana Sarney, uma delas a melhoria da malha rodoviária federal. Ela só chega em Brasília com projetos nas mãos."
É assim que o Ministério dos Transportes também garantiu ao Maranhão a pavimentação da BR-226, entre Timon e Baú. Já a pavimentação da BR-020 e da BR-222 são lutas isoladas, a primeira do deputado Paes Landim (PTB) e a outra do deputado estadual Themístocles Filho (PMDB). João Vicente também briga praticamente sozinho pela duplicação da BR-316. Peso político, ensina o poder político, é uma soma.
Pergunta do senador João Vicente Claudino (PTB-PI) aos membros da bancada federal do Piauí: "Qual a ação integrada dos três senadores e dez deputados federais do Piauí em prol do desenvolvimento do Estado?" Na comparação com o Maranhão e o Ceará, o senador avalia que o peso político do Piauí em Brasília é menor porque falta organização, coesão, planejamento e projetos. Depreende-se que no Piauí é cada um por si e salve-se quem puder. Nada de um por todos e todos por um, como bons mosqueteiros.
Fonte: http://www.acessepiaui.com.br/brasilia/bancada-do-piau-n-o-tem-mosqueteiros/11422.html (Mauro Sampaio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A responsabilidade do comentário é do próprio internauta. O Blog não se responsabiliza por qualquer tipo de pensamento aqui postado.